Morri pela beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
Alguém que morrera pela verdade
Era depositado no carneiro contíguo.
Perguntou-me baixinho o que me matara:
--A beleza, respondi.
--A mim, a verdade -- é a mesma coisa,
Somos irmãos.
E assim, como parentes que uma noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo,
Até que o musgo alcançou os nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.
Amo este poema!!! Que legal encontrá-lo aqui.
ResponderExcluirSobre Verdade e Beleza, tem também este trecho, você conhece?
- E de que te serve conhecer a verdade?
- Não é uma questão de serventia. De que me serve a beleza das estrelas, por exemplo? Alegra-me a alma. Acho que a verdade tem alguma coisa a ver com a beleza.
José Eduardo Agualusa
Trecho do livro “As mulheres do meu pai”, Editora Língua geral, 2007.
Nossa, eu li o livro mas me lembrava desse trecho.
ResponderExcluirGracias!