domingo, 10 de julho de 2011

Um poema: Emily Dickinson

Morri pela beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
Alguém que morrera pela verdade
Era depositado no carneiro contíguo.

Perguntou-me baixinho o que me matara:
--A beleza, respondi.
--A mim, a verdade -- é a mesma coisa,
Somos irmãos.

E assim, como parentes que uma noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo,
Até que o musgo alcançou os nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.

2 comentários:

  1. Amo este poema!!! Que legal encontrá-lo aqui.
    Sobre Verdade e Beleza, tem também este trecho, você conhece?
    - E de que te serve conhecer a verdade?
    - Não é uma questão de serventia. De que me serve a beleza das estrelas, por exemplo? Alegra-me a alma. Acho que a verdade tem alguma coisa a ver com a beleza.
    José Eduardo Agualusa
    Trecho do livro “As mulheres do meu pai”, Editora Língua geral, 2007.

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  2. Nossa, eu li o livro mas me lembrava desse trecho.
    Gracias!

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